O emprego é um direito da pessoa com deficiência, garantido pela Lei de Cotas, e há mais de 768 mil vagas disponíveis no país. Apesar disso, apenas um por cento delas estão empregadas no mercado formal no Brasil. Quando o assunto é inclusão, precisamos entender que nem tudo
se resolve no Congresso.
Mais importante é a criação de políticas públicas para melhorar a empregabilidade. É preciso inserir práticas inclusivas na rotina das empresas. Afinal, se há falta de informação e de iniciativa nas corporações, elas perdem a oportunidade de enxergar as pessoas com deficiência como força produtiva. Sem contar que os fatores diversidade e criatividade também passam a ser prejudicados.
Para a promoção da acessibilidade, precisamos ir além das adequações em espaços físicos (áreas e sanitários acessíveis, equipamentos tecnológicos etc.). Precisamos de adequações na ética de toda a sociedade. Precisamos do fim do preconceito.
Em um país em que quase 24% da população brasileira é composta por pessoas que possuem algum tipo de deficiência – de acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, é urgente uma mudança de pensamento. E também de atitude. Porque apostar na riqueza humana e cultural sempre vai favorecer novos aprendizados, novos horizontes e novos resultados.
O mercado de trabalho agradece.